Monday 21 January 2013

Africano Bambaataa

Origens do nome do artista Afrika Bambaataa, o DJ estado-unidense e líder da Zulu Nation, reconhecido como fundador oficial do Hip Hop.



Na foto, Inkosi (Chefe) Bambata ou Bambatha kaMancinza (ca. 1860-1906?). 

Também conhecido como Mbata Bhambatha, era um chefe Zulu da clã AmaZondi na Colônia de Natal, Africa do Sul e filho de Mancinza.

Chefe Bambatha foi o lider da rebelião armada em 1906 conhecida como  "A rebeliao Bambatha".

A Revolta Bambatha foi uma revolta Zulu contra o domínio britânico e Impostos.

Inkosi Bambatha e' considerado um herói nacional de pós-apartheid da África do Sul e creditado como uma inspiração da resistência nativa do Sul Africano. Tb e' honorariamente reconhecido como um precursor do movimento anti-apartheid.

Bhambatha (do verbo ukubhambatha), que significa carinho de uma mãe para seu bebê. (Natalia.org.za)


A. Kandimba







Afrika Bambaataa-Planet Rock Kraftwerk Original Video


http://www.youtube.com/watch?v=9h6pcqC6wrI


Monday 14 January 2013

Os Nganguela os primeiros bantu de Angola

"A tartaruga não morde a pata do leopardo"
(dito Nganguela, a propósito da necessidade de respeito para com o chefe)







A ginecocracia representa uma realeza matriarcal ou governo exercido por mulheres, em que o trono ou o poder deve teoricamente pertencer apenas às mulheres e ser transmitido por filiação de mulher para mulher.
Segundo certos autores evolucionistas, este tipo de governo caracterizou uma etapa da evolução política de todas as sociedades. Contudo, se tal facto pode ser praticamente exíguo (ou até mesmo desconhecido) nas sociedades europeias e asiáticas, em África, antes da influência islâmica e católica, ocorreu com frequência, dado que, segundo Cheik Anta Diop, a família africana era toda ela matriarcal com descendência uterina e a mulher, na vida doméstica, era considerada emancipada. Tal como é o facto de África ter atingindo a idade do ferro sem passar pela do bronze – o que não aconteceu nem na Europa nem na Ásia –, a ginecrocracia marcou, também, a singularidade africana, já que o regime patriarcal das sociedades europeias foi sempre caracterizado pela sujeição feminina à superioridade do varão. Na literatura oral dos Nganguela, destaca-se o nome da rainha Danda Candundo e a existência de uma organização social ginecocrática.


O grupo etnolinguístico Nganguela é o mais heterogéneo de Angola e alguns etnólogos, de acordo com José Redinha, chegam mesmo a admitir que estes sejam os “bantu” mais antigos de Angola. Divididos em dois hemisférios, devido à penetração dos Lunda-Cokwe, os Nganguela chegaram a ser tributários dos Lwena, estes, antigos Lunda-Cokwe que adoptaram a língua dos Nganguela. Hoje os Lwena são um sub-grupo dos Nganguela (quase 100 mil) que se distinguiu pela forma como funde o ferro, pelos seus trabalhos em cerâmica negra e polida e ainda pela forte personalidade da sua rainha – Nhakatolo Chissengo –, que, após a independência de Angola, ainda era viva.
Culturalmente são mais chegados às tradições dos povos da bacia do rio Zambeze. Embora oriundos das antigas populações de caçadores, dedicam-se principalmente á agricultura na sua área oriental. Na sua parte ocidental, por influência dos criadores de bois do sudoeste, dedicam-se muito à pecuária. Das suas actividades económicas constam, para além da agricultura e da criação do gado, também a pesca lacustre e a apicultura. Do ponto de vista social predominam nos Nganguela os ritos de passagem masculinos, nas artes praticam alguma escultura e também manufacturam uma curiosa série de máscaras. Os que se encontram dispersos pelas intermináveis planícies orientais, nunca tiveram relações intensas com os portugueses e foram durante muito tempo perseguidos pelos Ovimbundu, Lunda-Cokwe e Ambó.
Uma parte da população Nganguela que, em 1960, correspondia a 328 mil habitantes, situa-se nas províncias do Moxico e Kuando-Kubango na fronteira leste de Angola. A outra parte encontra-se no centro do país, nas províncias de Malange, Bié e Huíla. Segundo Vatomene Kukanda, quanto às variantes linguísticas, este grupo apresenta as seguintes: o lwena, o luvale, o lucaze, o mbunda, o ambwela, o ambwela-mambumba, o kangala, o yahuma, o luyo, o nkoya e o kamashi, na província do Moxico. O lucaze, o mbunda, o nganguela, o ambwela, o kamashi, o ndungo, o nyengo, o nyemba e o aviko, na província do Kuando-Kubango. O lwimbe, o nganguela, o ambwela, o engonjeiro, o ngonielo e o mande, na província do Bié. O lwimbe, na província de Malange. O nganguela e o nyemba, na província da Huíla.
Filipe Zau | - 02 de Fevereiro, 2010, Jornal de Angola Foto: Inicio do seculo passado do livro de Wilfrid D. Hambly.

Wednesday 9 January 2013

Roubado acervo cultural do Reino do Tchingualula

Roubado acervo cultural da comunidade do Reino do Tchingualula
07-01-2013 | Fonte: RNA




O acervo cultural da comunidade ou Ombala do Reino do Tchingualula, na província do Huambo, foi roubado – reportou a RNA.

Entre as peças roubadas, constam os crânios dos distintos soberanos do secular Reino de Tchingualula que representam valores, força, poder, autoridade e soberania.

Neste momento a Ombala Tchingualula não possui nenhuma referência dos seus antepassados, situação que preocupa as autoridades tradicionais da localidade.

O Soba Grande da referida Ombala, Sabino Sacuvale, afirmou que os Acocotos sempre existiram para a preservação de hábitos e costumes da cultura angolana.

“Na Ombala foram tirados 13 Acocotos a noite, partiram a porta e retiram os Acocoto, isto causou prejuízo na Ombala e todas as Ombalas a ouvirem este problema também estão preocupados, estes Biholo são de a muito tempo”, disse.

Já O responsável do departamento do património da direcção provincial da cultura, João Afonso, explicou o significado dos Acocotos e o que representam para a cultura Ovimbundo.

“Acocoto são crânios dos soberanos tradicionais, porque o Acocoto é um local sagrado é local naquele tempo de pedir bons ventos para a fertilidade, bons ventos para o cultivo, para boa governação, para a saúde das crianças e o bem-estar das comunidades daqueles que dirigem”, disse.

João Afonso disse ainda que caso não se encontre os autores desta acção, as autoridades tradicionais devem fazer um ritual, para que os mesmos devolvam os Acocotos à Ombala. Foto: Wildscenics Tb ler:

Saturday 5 January 2013

CD: Chants D'Angola, 1994


MARIO RUI SILVA ''CHANTS D'ANGOLA... POUR DEMAIN'' (ANGOLA,1994) @ [192k]




“Chants d’Angola pour demain” (1994), a obra paradigmática da sua carreira, inaugura a época dos discos compactos, seguindo depois a edição de “Luanda 50/60 Angola” (1997), “Cantos de Massemba”, “Luanda 1920/ 1930” (1999) e “Luanda 1940, Angola” (2001). Mário Rui Silva dedicou dez anos de investigação musical que culminou com a gravação do CD “Chants d’Angola pour demain”, obra de capital importância para compreensão de parte substancial da obra de Liceu Vieira Dias e do histórico conjunto Ngola Ritmos.
 


Neste CD estão alinhadas as canções: Madya Kandimba (anónima), Henda-ya-Xala (anónima, uma das primeiras canções interpretadas pelo Ngola Ritmos), Mana Fatita (anónima), Xinguilamentu (Liceu Vieira Dias) Ngakwambele kya (anónima), Phalami (Liceu Vieira Dias e José Maria), Kangrima (Liceu Vieira Dias), Tchon Bon (Liceu Vieira Dias), Enu mu ilumba (anónima), Mbiri-mbiri (Liceu Vieira Dias), Nzagi (Fontinhas), Totoritwé (anónima), Dya Ngó we (anónima), Kunguenu (anónima) e Kopé (anónima). “Chants d'Angola pour demain” contou com a participação de Mário Furtado (bateria e percussão), Francisco Santos (percussão), Carlos de Sá (baixo), Fred Goguet (baixo, na canção Nzagi), Amélia Mingas e Milita (coros), Didier Valette (flauta e saxofone tenor), Michel Pellegrino (saxofone alto, tenor e clarinete), Patrick Raffault (acordeão) e Yann Fisher (piano e sintetizadores).

Julgamos ser possível conhecer a personalidade artística e musical de Mário Rui Silva pela audição integral da sua obra, que o transformou num porta-voz da memória musical da região de Luanda, circunscrita à obra do "Ngola Ritmos".
Fonte:
http://afrocubanlatinjazz4.blogspot.nl/2012/01/mario-rui-silva-d-pour-demain.html
Postado por A. Kandimba

Tuesday 1 January 2013

Afrocariocas: O poster oficial

Este e' o meu primeiro e novo filme.



Posters: Can Lokman